Viver ou existir?!

Guardar sentimentos e pensamentos dentro de uma gaveta e deixá-los por lá, até que possa um dia abrir e jogar uns fora, outros esconder um pouquinho mais no cantinho e mais uma vez trancafiá-la, e deixar ali.. esquecido por mais algum tempo... assim sempre achei que fosse o modo mais certo de levar uma vida, nem sempre falei o que tive vontade, nem sempre calei quando tinha vontade, procurei ter palavras e atos sob medida. Vivi e vivo até hoje. Sempre achei que nem todas as pessoas merecem o que sentimos e muito menos que deixemos isso claro pra elas, já outras merecem muito mais do que demonstramos... mas nunca sabemos a dosagem certa, as palavras certas... sempre ouvimos que são poucas as pessoas que VIVEM de verdade, a maioria apenas existem, e eu sempre achei que existir fosse a melhor forma de viver, menos dolorosa, mais racional... não precisamos ter opinião sobre tudo, não precisamos ter pessoas em nossas vidas, não precisamos “utilizar” sentimentos ( é digo utilizar mesmo, porque tê-los é inevitável), é tão mais fácil existir somente... porém é muito superficial, nada é VIVIDO em intensidade, se é feito tudo sob medida para evitar sofrimento, também evita-se a alegria de certos momentos.
Momentos estes que transformam nossas vidas, que fazem a diferença entre o existir e o viver, que nos impulsionam, que nos dão coragem de falar coisas, de fazer coisas, de sonhar, de realizar, de ser gente, de gostar, de não gostar...de querer e principalmente de realizar. Morro de medo dessa vida... morro de medo dos meus sonhos. Morro de medo de não conseguir. Mas a cada dia reapareço, a cada dia me transformo e Vivo!